Direitos Humanos realiza evento sobre violência contra a mulher

Por quê não separou? Por quê não denunciou? Continua com ele porque gosta de apanhar! Muitos ao se deparar com casos de mulheres vítimas de violência doméstica fazem esses questionamentos, no entanto, para essas vítimas nem sempre é fácil se livrar de seus agressores. Para conscientizá-las e empoderá-las foi realizado na manhã desta segunda-feira (18) o evento “Mulheres em Ação em Defesa dos seus Direitos”.


Em pauta a erradicação da violência contra a mulher, números de feminicídio no Espírito Santo, tipos de violência, locais para buscar ajuda e Lei Maria da Penha. Atento, o público que foi formado por mães de alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), fez questão de interagir com os palestrantes.


O café da manhã foi realizado na Apae e contou com a presença da presidente da Coordenação dos Direitos da Mulher (Codim), Ivanete França; da coordenadora do Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero em Defesa dos Direitos das Mulheres (Nevid), dra. Cláudia Regina Albuquerque Garcia; da presidente do Movimento de Mulheres de Cariacica, Vilmara Galdino; da vereadora Ilma Crisostomo; do gerente de Igualdade Racial, Sandro Cabral Silva e do gerente de Direitos Humanos Alysson Marcello Sant’Ana. A animação do evento ficou por conta do grupo de Congo da Apae.


Silva foi um dos palestrantes complementando a palestra proferida por Cláudia. Para ele é imprescindível falar aos homens sobre o que é a Lei Maria da Penha, já que estes só têm ciência da legislação após cometerem agressões e serem encaminhados à delegacia.


“Se o homem em si não tem conhecimento dessa lei que foi criada para de alguma forma abordá-lo a gente não chega a lugar algum. Saímos de lá com a proposta de criarmos ações para levar a esse homem o que é a lei, porque se esse cidadão vier a ter ciência que ela favorece a mulher e desfavorece ele no ato da violência ele vai pensar duas, três vezes antes de agir”, defende.


 Assim como Silva, Sant’Ana aposta na eliminação da cultura da violência. “É preciso erradicar a violência contra mulher e deixar a mulher ser o que ela quiser”.


O evento faz parte de uma série de ações em alusão do Dia Internacional da Mulher e foi uma parceria entre a Codim e a Gerência de Direitos Humanos em parceria com a Gerência de Igualdade Racial.