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Projeto ‘Identidade’ agita semana dos alunos da Emef Sebastião Rodrigues Sobrinho

Durante toda a semana, a galerinha da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Sebastião Rodrigues Sobrinho, em Flor do Campo, pensou, organizou e apresentou para os demais alunos o projeto ‘Identidade’.  A ação buscou por meio das identificações individuais e coletivas de cada um, definir as exposições, pinturas e temas do teatro e musical apresentados. Pinturas de brincadeiras de infância, grafite nas paredes da escola, escultura das máscaras do Carnaval de Congo de Cariacica, do personagem folclórico João Bananeira e da casaca foram alguns dos trabalhos exibidos. A garotada também produziu esculturas com pontos turísticos do município como a Reserva Biológica de Duas Bocas, o monte Mochuara e o Estádio Kléber Andrade. A professora de Arte, Bruna Wandekoken, explica que trabalha há anos com o conceito de identidade, e, buscou no projeto identificar e entender as realidades de cada aluno. “Propus trabalharmos com as identidades individuais e coletivas. A partir deste eixo, foram dadas as possibilidades técnicas do que poderia ser criado. Eles tiveram a liberdade de decidir e os temas surgiram de acordo com a vontade dos alunos. Foi, então, que chegamos à conclusão de trabalhar com poesias, esculturas, grafite, teatro e pinturas em telas”, destacou. Uma das responsáveis pelos traços do grafite foi a aluna do 8° ano, Quérem Hapuque Lima Mendes, de 14 anos. Ela contou que a turma se reuniu e pensou em fazer as pinturas dentro da realidade social dos próprios colegas da escola, retratando o que o jovem da periferia vive. “No grafite, conseguimos retratar a criminalidade, igualdade, bullying, moradores de rua e nossos sonhos para um mundo melhor. Nos reunimos e chegamos a decisão de abordar esses temas que hoje são vistos diariamente”, contou. O ponto alto do projeto foi a apresentação do teatro ‘O amor não mata’. A encenação ficou por conta da turma do 7º ano que: escolheu o tema, criou os personagens e todo o enredo que fala sobre violência contra a mulher e relacionamentos abusivos. O fim da história não foi nada legal, porém, retrata a realidade de várias mulheres do Espírito Santo. Para finalizar, a turma do 9º ano agitou o pátio com um musical que discutiu sobre o preconceito, racismo e as drogas. As apresentações buscaram retratar as realidades da comunidade, e de acordo com a pedagoga do turno matutino, Gercileia Simplício, o sucesso das apresentações indica o empenho dos alunos. “Esse interesse dos alunos foi o diferencial. As crianças interagiram e cresceram juntos. Eles puderam viver trocas nas produções dos murais e todos trabalharam juntos dividindo os mesmos pinceis e tintas. Tudo isso fez acontecer uma discussão muita boa”, relatou a pedagoga.