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Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa é tema de seminário

As  religiões de matrizes africanas foram o tema do II Seminário do Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa, organizado pela Gerência de Igualdade Social. A data é celebrada amanhã (21), mas, a Secretaria de Assistência Social (Semas), antecipou a comemoração para a manhã desta segunda-feira (20). O seminário, que foi aberto a comunidade, aconteceu no auditório do Centro Administrativo e contou com a presença de professores estudiosos da área, secretários, e religiosos. O gerente de Igualdade Racial de Cariacica e babalorixá, Sandro Cabral Silva, ressaltou que será feito um mapeamento de comuniades tradicionais, indigenas, quilombolas e casas de matrizes africanas, dentro do municipio, afim de criar politicas públicas, levar informação e garantir que essas comunidades tenham conhecimento dos seus direitos. E, por meio disso, gerar uma interação entre as diferentes religiôes, para através dessa ação nascer o respeito entre as crenças. Um dos palestrantes foi o professor José Cristovam Mendonça, que abordou sobre as dificuldades das pessoas LGBTQIA+ dentro do meio religioso mais tradicional, e como são descrediblizados quando professam sobre religião. Segundo Cristovam, as religiões de matrizes africanas não segregam pessoas pela orientação sexual, e ainda reforça que isso acaba sendo mais um motivo para a intolerância, tanto para a pessoa LGBTQIA+, quanto para as religiões que já sofrem há séculos com ataques e perseguições. Já a professora da Ufes, Patrícia Rufino, ressaltou a visão da Universidade e do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, sobre a intolerância religiosa. Patricia afirma que vivemos uma verdadeira guerra sêmica ideológica, ela diz que este sistema utiliza o sujeito que nao tem pleno conhecimento de sua história, e impõe sobre ele a ideologia desejada. Outro professor convidado foi Iljorvânio Silva Ribeiro, coordenador do grupo de estudos "Discussões Antropológicas, Novas Epsitemologias e Pós Colonialismo" na Ufes, contou sobre sua experiência como professor e praticante do Candomblé na Grande Vitória. Em seu discurso o vice-prefeito da cidade, Nilton Basílio, frisou sobre a importância do respeito ao próximo e a responsabilidade de cada um nesse processo. Livia Correa, uma das ouvintes presentes no seminário, é da mesma opinião que o vice-prefeito. "Tenho como desejo o respeito e que todos passem a conhecer melhor as religiões que têm suas raízes na África", enfatizou. Ela destacou, ainda, que apesar de nunca ter sofrido nenhuma vioência, considera Cariacica uma cidade intolerante para quem é praticante das religiões de matrizes africanas. Ao final do evento, foram distribuidos certificados e lembranças a todos que estiveram presentes.   Texto: Maria Clara Stecca Jornalista responsável: Alcione Coutinho