Chuva e calor do verão formam ambiente ideal para o mosquito da dengue

O verão é a estação do ano em que há uma maior ocorrência de chuva. Com tanta água parada acumulada e ao mesmo tempo, muito calor, está formado o cenário ideal para a reprodução e ataque do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e Chikungunya. O resultado é o aumento nos números de casos dessas doenças.


A dica, então, é mobilizar toda a família e eliminar os focos existentes no quintal. Latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras precisam de atenção especial. Já que acumulam a água com facilidade, eles ofertam um ambiente propício ao Aedes. A solução é deixar essas vasilhas com a boca virada para baixo, para evitar acúmulo de água.


A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) lembra que o trabalho de combate às endemias não parou em momento algum, mesmo com a pandemia do coronavírus. As equipes visitam as residências e prestam toda a orientação necessária. No entanto, para evitar a contaminação pela Covid-19 dos agentes e também dos moradores, a ação tem se concentrado somente na área externa dos imóveis.


O fumacê também é uma das ações de combate ao mosquito. O cronograma do carro, além de seguir o número de notificações da doença em determinado bairro, também obedece às normas técnicas de segurança ambiental, já que há um intervalo que deve ser obedecido entre uma aplicação e outra, seguindo critérios relacionados às condições específicas de cada local.


Por meio de uma empresa terceirizada, a Vigilância Ambiental também promove a aplicação de larvicida nos canais do município. O produto é utilizado para eliminar as larvas do mosquito. A aplicação ocorre a cada 7 dias. 


Há também, o bloqueio de casos. A Vigilância Ambiental recebe a notificação de um caso, via Vigilância Epidemiológica. Com o uso de uma bomba costal, o agente faz o bloqueio na área de ocorrência e em um raio de 100 metros em torno. 



Chuvas


Em função do período de chuvas que vem ocorrendo na Grande Vitória, o carro fumacê não está rodando os bairros. Isso porque o fumacê não pode circular quando está chovendo ou com fortes ventos, pois há interferência na eficácia do trabalho de borrifamento.


Chuva e ventos acima dos 6 km/h diminuem a eficácia do produto. O ideal é o fumacê ser usado no começo da manhã e no fim da tarde, quando a temperatura está mais amena e quando a fêmea do Aedes aegypti está "faminta" por picar as pessoas.


A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) lembra que o cidadão é o principal agente na eliminação de focos do mosquito. Um canal de denúncias também está à disposição dos moradores: o Disque-dengue, que funciona no telefone 3343-6633. Ligações podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Vale denunciar casos que envolvem terrenos baldios, residências que estão com caixa d’água sem tampa, entre outros. Não é preciso se identificar.  



Sintomas


Os sintomas do zika vírus são febre baixa, manchas pelo corpo, dor e inchaço nas articulações, principalmente mãos, e coceira um ou dois dias após início dos primeiros sintomas. Ainda pode aparecer vermelhidão nos olhos, sem coceira ou ardor. 


Já a dengue apresenta sintomas como febre, dores musculares por todo o corpo e sensação de prostração.


Na chikungunya, há febre alta (geralmente maior que 38ºC), dores e edemas nas articulações.


Quem apresentar os sintomas de uma das doenças deve procurar atendimento em uma unidade de saúde. Em casos mais graves de dengue, em que há dor abdominal intensa e contínua, a recomendação é procurar um Pronto Atendimento.