Projeto ‘Descarte Legal’ da Biblioteca Madeira de Freitas é inédito no Estado

Jogar livros diretamente no lixo sem registrá-los como descarte, incendiá-los ou não doá-los às comunidades. São apenas alguns exemplos de ilegalidades que acontecem em bibliotecas espalhadas por todo o País. Preocupada com essas ocorrências, a Biblioteca Pública Municipal Madeira de Freitas criou o inédito projeto “Descarte Legal de Obras Bibliográficas”. Após a apresentação a representantes do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Espírito Santo (SEBPES), foi definido que a iniciativa servirá de modelo para outras bibliotecas públicas municipais do Estado. Ela foi inspirada em uma experiência de sucesso da Biblioteca do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tem como objetivo realizar o processo de modo legítimo e transparente, com participação e ciência dos cariaciquenses.


Durante 30 dias, a partir da data de publicação no Diário Oficial, as obras poderão ser doadas a frequentadores, visitantes, bibliotecas comunitárias, bem como a pessoas que desenvolvam programas de incentivo à leitura. As produções irrecuperáveis e danificadas serão encaminhadas a uma empresa de reciclagem de papéis. Ao fim da ação, as restantes ficarão disponíveis por seis meses na modalidade “pegue e leve”, visivelmente expostas e identificadas. Além dos livros em si, os cariaciquenses serão beneficiados com a atualização do serviço de pesquisa ao usuário.


Para o andamento do projeto, foi criada a Comissão Permanente de Descarte de Obras Bibliográficas (CPDOB), que apoiará o trabalho de avaliação dos bibliotecários e publicará um edital sobre as obras que serão retiradas do acervo para conhecimento de toda a população.


O “Descarte Legal de Obras Bibliográficas” é de autoria da bibliotecária Marcelle da Silva Coelho Queiroz e o plano de ação foi executado pela também bibliotecária e ex-professora substituta da disciplina “Preservação em Unidades de Informação”, Júlive Argentina Santos Serra, com o apoio de toda a equipe da Madeira de Freitas.