Dia Internacional da Mulher: coveira e pedreira são as pioneiras em áreas que antes eram apenas dos homens

O Dia da Mulher é um momento de homenagear as mulheres e também celebrar o fato de que estão ocupando cada vez mais posições onde antes não havia espaço para elas. Em, Cariacica, duas mulheres são pioneiras ao atuar em profissões que antes eram dominadas apenas por homens, mas que hoje também têm o toque feminino. Elas são Galdilene Ruela Santos, primeira coveira dos cemitérios municipais, e Luciane Moreira Sossemburg, única pedreira a atuar em obras da prefeitura.


A coveira Galdilene, mais conhecida como Gal, tem 39 anos e há um atua no Cemitério São Jorge, de Oriente. Ela antes atuava como auxiliar de serviços gerais e, ao se destacar no trabalho, foi convidada para a função de coveira.


“Eu faço tudo por aqui, abro as sepulturas, faço sepultamento, exumação... nada é impedimento para o meu trabalho, mesmo sendo mulher. A mulher pode ocupar o espaço que ela quiser”, enfatizou Gal.


Luciane, de 53 anos, está na profissão há mais de 30 e também diz que é multitarefas no trabalho, que até hoje não tem muita participação feminina. “Eu sou profissional experiente, faço qualquer serviço como pedreira, da base ao acabamento”, detalha.


Com tanto tempo de profissão, Lu, como a pedreira é conhecida, já trabalhou em diversas áreas e até tentou por um ano mudar de ramo, mas voltou para a área da construção civil, pois é onde se sente valorizada e respeitada. “Nunca sofri preconceito”, ressalta.



Gal também não sente julgamento negativo pela profissão que escolheu. Na opinião da coveira, ser mulher facilita o contato com pessoas que estão vivendo um momento muito delicado, que é a perda de um familiar. “Eu acredito que eu, pessoalmente, tenho mais sensibilidade para receber os familiares durante o sepultamento”, avalia.


Galdilene trabalha na Secretaria de Serviços e Luciane atua em projetos executados pela Secretaria de Obras.