Carnaval 2023: União Jovem de Itacibá levou a história do Recôncavo Baiano para o Sambão do Povo

Em busca da colocação para o grupo de Acesso A, a Academia Recreativa Escola de Samba (Ares) União Jovem de Itacibá contou a história do Recôncavo Baiano, antepassados da região e religiões de matrizes africanas no Sambão do Povo. Com o enredo “Axé, Meu Recôncavo”, a escola foi a segunda a desfilar no Sambão do Povo, na última noite do Carnaval de Vitória, neste domingo (12).


A União Jovem desfilou com 700 componentes, 14 alas, uma alegoria e um tripé. A agremiação do bairro Itacibá também retratou a lavagem da escadaria do Bonfim e o sincretismo religioso.


“Pretendemos levar uma escola de samba com muito amor e carinho na avenida. Foi um trabalho diário e muito intenso. Que nós possamos alcançar o nosso objetivo que é, além de fazer um desfile bonito, subirmos para o grupo de acesso A”, disse a vice-presidente da União Jovem de Itacibá, Edilandin Santana.


Rainha africana


Primeira vez na União Jovem de Itacibá, porém experiente no carnaval, a rainha de bateria Joyce Krystyny possui 10 anos de avenida. A fantasia dela representa uma rainha africana. “Trabalhamos muito para chegarmos até aqui e darmos o nosso máximo na passarela do samba. A gente quer ganhar! Estamos confiantes!”, destacou.



Sincretismo


Também principiantes na União Jovem de Itacibá, mas com dois anos de parceria, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcel Souza e Katellyn Monteiro, representaram o casamento entre Santo Antônio e Iansã, mesclando religião de matriz africana com o Cristianismo. “A gente ensaiou muito para garantir a nota máxima tão cobiçada. Vamos fazer coreografias e animar o pessoal da arquibancada”, conta ela, que tem 14 anos de experiência em carnavais.



A escola


A União Jovem de Itacibá é a escola de samba mais antiga de Cariacica, com 46 anos de história. Possui o colibri como mascote. Foi fundada em 22 de maio de 1976, como bloco de rua. Após registro no cartório, se tornou escola de samba, que desfilava na então avenida Princesa Isabel, onde eram realizados os desfiles, antes do Sambão do Povo. Em 1986, com o cancelamento do Carnaval em Vitória, parou de desfilar.


Após mais de 20 anos, retornou em 2007 como o bloco de rua Só Parceiros de Copo (SPC), que apresentava uma miniestrutura de escola de samba. Onze anos depois, em 2018, após reconhecimento da Liga das Escolas de Samba, foi classificada como escola de samba novamente, no Grupo B.