Vovó centenária prega mensagens de esperança durante a pandemia de coronavírus

Quando o assunto é o novo coronavírus (Covid-19), o cenário não é nada animador, o país já ultrapassou a marca dos 50 mil mortos e tem mais de 1 milhão de casos confirmados. No Espírito Santo, da mesma forma, a doença avança, já são mais de 1 mil óbitos e 36.147 casos confirmados. Em Cariacica, uma vovó centenária tem enfrentado esses tempos, nada fáceis, com muita fé e está mandado mensagens de esperança aos munícipes através das redes sociais.


Trata-se da dona Leopoldina Nascimento, de 114 anos de idade, dona Leopa, como é carinhosamente chamada na casa de repouso Avedalma, onde vive desde 2008. Devido à idade avançada, o vigor da fala já não é mais o mesmo, mas ela faz questão de mandar mensagens de conforto neste momento tão desafiador.


“O melhor de tudo é confiar em Deus. A oração do Pai Nosso, é uma oração para todos os lugares. E cuidar de tomar o remédio, porque a saúde é tudo. E não sair de casa, pra não pegar um resfriado”, orienta.


Indagada pelo psicólogo, Thiago dos Santos Peterle, ela é enfática.


“Esperança primeiro em Deus, depois nas pessoas que estão tratando da gente”.


O vídeo foi postado há três semanas no YouTube e já acumula visualizações.



Dona Leopa é natural de Marechal Floriano e nasceu no dia 17 de agosto de 1905. Começou a trabalhar cedo, aos 13 anos de idade, como empregada doméstica. Viveu a maior parte da velhice junto à família para a qual trabalhava.


Em 2008 ela ganhou uma nova família, a família Avedalma, que conta com uma equipe profissional multidisciplinar para atender não só as necessidades dela, mas as dos outros 53 idosos que lá vivem. Lá, os vovôs e vovós contam com atendimentos de psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, cuidadores e educadores sociais.


O bom funcionamento da casa também é garantido graças ao trabalho das cozinheiras e das ajudantes de cozinha; dos motoristas; dos auxiliares administrativos, de manutenção e de serviços gerais.    


Os dias de dona Leopa são tranquilos. O que ela mais gosta de fazer? Recitar poemas para os colegas, sempre com pitadas de otimismo e leveza.


No momento, ela encontra-se no setor de alta dependência da instituição, passando boa parte do tempo acamada, mas, nada que seja capaz de abalar o seu bom humor, sua fé e sua esperança de que dias melhores, virão.