Medalhista do Pan-Americano visita a Estação Cidadania-Esporte e encanta futuras ginastas

A ginasta capixaba medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, Déborah Medrado, está de passagem pelo Estado e aproveitou para ver de perto o trabalho desenvolvido na Estação Cidadania-Esporte. O encontro entre a atleta e as alunas de ginástica rítmica ocorreu na tarde de quinta-feira (26) e foi cheio de emoção.  


Déborah acabou de retornar do Peru trazendo no peito três medalhas conquistadas em conjunto com as ginastas Beatriz Silva, Camila Rossi, Nicole Pircio e Vitória Guerra. O ouro foi conquistado na final da prova mista com três arcos e dois pares de maças, já os dois bronzes foram obtidos em uma geral e uma final com cinco bolas.


“Foi um sonho realizado, a gente já tinha conquistado duas medalhas de bronze mas estávamos almejando o ouro, a gente tinha treinado para conquistar o ouro e quando a gente conquistou nos fez saber que todo o esforço valeu a pena, todo o suor, toda a dor foi tudo recompensado nesse ouro”, conta a agora capitã da Seleção Brasileira de Conjunto.



A chegada da ginasta causou alvoroço na aula. Todas queriam tirar fotos e ouvir atentamente a receita de sucesso de Déborah, que inclui uma rotina disciplinada regada à muito treino e dedicação.


A estudante Isis Paula Beje Souza, 9, está no caminho certo.“Treino bastante e quando a aula acaba fico triste. Meu sonho é ser ginasta e sei que tenho que treinar muito, não desistir e aprender tudo o que a professora fala”, diz.



A também estudante Victória Thomes Nascimento, 7, igualmente se dedica para um dia alcançar o pódio. “Nunca podemos desistir dos sonhos. A Déborah é legal e eu já virei fã dela”.        



Rotina


Assim como qualquer adolescente de 17 anos, Déborah, gosta de shopping, cinema e praia, mas tem consciência que tornar-se uma medalhista olímpica requer muito treino e disciplina. Diariamente são oito horas de treino.


Há cerca de dois anos ela mora em Aracaju, Sergipe, Estado que abriga a sede da Seleção Brasileira de Conjunto de Ginástica Rítmica. A ginasta conta que é difícil conviver com a saudade, mas tudo é superado com o apoio da família.


“No início foi difícil se adaptar, mas depois a gente leva a vida. Durante a semana não dá para sentir tanta saudade porque é um rítmo intenso, mas domingo é o dia de folga então lembro da minha família, mas fazemos ligação de vídeo e dá para matar a saudade”.


Após a temporada de descanso os esforços serão voltados para as competições de 2020, o Pan-Americano dos Estados Unidos e as Olimpíadas de Tóquio, no Japão.


Estação-Cidadania


Assim como Isis e Victória, Déborah começou tendo como base equipamentos públicos.


Hoje 420 crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 14 anos, estão matriculadas nas aulas de ginástica rítmica na estação Cidadania-Esporte e mais de 100 aguardam em uma fila de espera.


O secretário de Esporte e Lazer, Edvaldo Erlacher, afirma que visitas de personalidades são importantes para que os alunos tenham referência.


“As pessoas, às vezes, têm muito certo o que elas desejam, mas uma referência é boa para que ela avalie e reflita se realmente é aquilo que ela quer, o esporte é muito bom, mas ele traz coisas que nos fazem repensar e chorar. Esporte requer disciplina, respeito ao adversário e muito treinamento, assim como na vida, no trabalho, nos estudos e em tudo o que a gente quer conquistar”.