Cras de Sotelândia promove oficina Protagonismo Juvenil

"Fui estagiária do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) em 1998, hoje estou coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Sotelândia, mas tudo começou lá atrás, no meu estágio”. A fala de determinação é da coordenadora, Lívia Correa, para um público de adolescentes que, na manhã desta quinta-feira (05), foi ao equipamento participar da oficina Protagonismo Juvenil.

A oficina foi ministrada pela pedagoga do Ciee, Lídia Cunha Freire Fernandes, que falou sobre as características do jovem protagonista, o protagonismo na escola, a participação da juventude na sociedade e os pilares da educação.

A plateia foi composta por adolescentes na faixa etária de 14 a 16 anos que estudam em escolas da região de Sotelândia. Coube à equipe do Programa do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho) fazer visitas às unidades para convidá-los e falar da importância da participação no evento. Para Lívia, é essencial que o Cras promova a inserção dos adolescentes no mercado de trabalho.

“O Acessuas tem vários focos, não só o adulto. Queremos trazer o adolescente para o Cras. Hoje as palavras no mercado de trabalho são inovação, rapidez e conectividade e eles dão um banho na gente, a mente deles estão borbulhando ideias e elas podem ser aliadas à tradição do trabalho, que é a forma que futuramente ele terão o sustento, realizarão seus sonhos e ajudarão suas famílias. Temos que trazer esse sangue novo para o mercado”, assinala.

O protagonismo juvenil está ligado diretamente à participação do jovem, de forma efetiva, em situações que não dizem respeito somente à sua vida particular, mas que se refere à sociedade de forma ampla.

“É ele lutar por aquilo que busca e acredita. No ambiente escolar e na sociedade. O jovem precisa saber reivindicar seus direitos. As  características fundamentais de um jovem protagonista é ser um sujeito autônomo, independente, que tenha atitude e iniciativa”, aponta Lídia.    

Ela afirma que hoje as empresas buscam jovens protagonistas e que nesse sentido, é essencial que a família, a escola e as próprias empresas incentivem tal comportamento.

“A família tem o papel fundamental de fazer com que esse adolescente desenvolva responsabilidades, fazendo pequenas coisas do dia a dia, como cuidar do quarto, tirar os documentos. A escola coopera incentivando a serem líderes de turmas e a participarem de conselhos de classe. Projetos que envolvam a comunidade também é uma forma de incentivo".

O estudante Lázaro Nascimento Arruda, 18, está em busca do primeiro estágio e fez questão de participar da oficina. “Quero entrar no mercado de trabalho e ganhar experiência para, no futuro, me tornar um excelente profissional. Nunca fiz estágio, mas procuro bastante”.

Atividades

A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) conta com oito Cras e, em todos, todos os públicos são bem-vindos, já que são desenvolvidas atividades para serem trabalhadas com cada faixa etária. No Cras de Sotelândia, por exemplo, os adolescentes são contemplados atividades sociais, culturais e manuais.

“Questionamos aos adolescentes quais são os anseios deles para trabalharmos e transformarmos o Cras em um ambiente favorável e receptivo, para que eles se sintam parte dessa comunidade. Buscamos sempre formas dinâmicas de trabalhar, porque sabemos que eles são muito ativos”, conta Lívia.