Jovens cientistas: com laboratório móvel, alunos fazem análise do solo e da água na Orla de Cariacica
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Talma Sarmento de Miranda, em São Geraldo, os alunos do 4º ao 8º ano se transformaram em jovens cientistas ambientais. Para o experimento, eles utilizaram o laboratório didático móvel, uma estação que permite a realização de diversas atividades escolares sobre rodas. Os estudantes fizeram uma análise prática e teórica sobre o solo, a água e os minerais da orla de Cariacica, incluindo o rico ecossistema do manguezal. O projeto é parte de uma missão no campo da robótica e da ciência, com objetivo de desenvolver os alunos para a competição internacional First Lego League (FLL). O professor João Luciano explica que os alunos estão desenvolvendo um robô, um projeto de engenharia e um projeto de pesquisa, sendo o último voltado para estudos sobre a vida marinha. “Vamos participar da etapa regional da competição. Nesta etapa, os alunos devem apresentar um robô capaz de realizar missões de forma autônoma, com um projeto de engenharia, além de um projeto de pesquisa. Neste projeto, os alunos estão realizando uma análise da água e da vida marinha na orla e no manguezal de Cariacica. Para isso, os alunos fizeram uma pesquisa de campo, com a coleta de material e, posteriormente, vão fazer uma análise no laboratório” explica o professor. Além da análise prática, os alunos tiveram também um aprofundamento teórico com a ajuda de uma pesquisadora especializada em parasitologia, Mariana Brandão Simões e a técnica do IEMA, Sâmia Lívia Testtzlaffe Alpoim. “Estudamos casos como o desastre da barragem de Mariana e seu impacto sobre animais marinhos, como baleias e golfinhos. Queremos que os estudantes compreendam as consequências ambientais e reflitam sobre o papel humano na preservação dos oceanos”, ressalta João Luciano. A pesquisadora e colaboradora do projeto, Mariana Brandão Simões, lidera a parte da ciência e de conscientização ambiental, principalmente com a preservação de manguezais de Cariacica. Ela enfatiza a importância do manguezal como berçário para diversas espécies marinhas, onde animais se alimentam e se reproduzem. "Os manguezais representam um berçário de várias espécies, como animais marinhos, que utilizam desse ambiente para se reproduzir e se alimentar. Nós queremos analisar as bactérias e microorganismos presentes para mostrar a importância da sua preservação como um todo, principalmente no nosso cartão postal, que é um ambiente que tem que ser preservado. Nada melhor do que aproveitar um campeonato mundial para falar sobre isso e trazer um pouquinho das nossas belezas também”, destaca a professora. Laboratório didático móvel O laboratório didático móvel, que possibilitou essas investigações, é uma ferramenta inovadora que se adapta a escolas que não possuem laboratórios fixos. Com estrutura compacta e flexível, permite que o professor desenvolva aulas práticas em diversos espaços, como salas de aula e pátios. Ele pode ser usado em diversas disciplinas que utilizam atividades compatíveis: Ciências, Matemática, Geografia e Artes são alguns exemplos. O laboratório possui extintor; itens de primeiros-socorros; compressor de ar; conexões; tomadas; botões; plugues; torneira; reservatório de água; caixa de ferramentas; divisórias, entre outros itens. A ferramenta comporta atividades para até seis alunos por vez. Podem ser utilizados e guardados nele vidrarias químicas; jogos didáticos; lâminas de vidro; microscópios; conjuntos de minerais e rochas; mecanismos de rotação e translação; espectro eletromagnético; molde de arcada dentária; maquete do sistema digestório, entre outras atividades pedagógicas.